tag:blogger.com,1999:blog-8550377959376802952024-03-13T20:03:54.433-02:00It´s a mad worldi try and have faith
but sometimes i believe that man killed god just for the lolslumierehttp://www.blogger.com/profile/05558623724200691727noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-855037795937680295.post-42301605124513075182022-07-24T23:49:00.001-02:002022-07-24T23:49:07.900-02:00amo relacionamentos saudáveis <p></p><p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm;">
A jarra continuou intacta no mesmo lugar.
</p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm;">Era
até engraçado – ela não era conhecida por ter esse tipo de
cuidado, e claramente não havia tido em nenhuma outra área da casa.
A mensagem era gritante, cáustica, quase audível na voz debochada
que usava durante as brigas: <i>cada caco partido nesse chão está
aí porque eu o quis.</i><span style="font-style: normal;"> Ela não
deixou pontas soltas!</span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm;"><span style="font-style: normal;">Você,
claro, já o eterno portador da terrível notícia, não se deu ao
trabalho de questionar nada. Entrou no quarto, pacientemente limpou
cada canto, móvel e quina empoeirada e demolida; colocou tudo numa
caixa de papelão (em que tinham vindo as xícaras do primeiro jogo
de chá que ela havia quebrado, se você lembrava corretamente),
lacrou-a com fita adesiva e deixou ao lado da lata de lixo do prédio.</span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm;"><span style="font-style: normal;">Ainda
com um gosto amargo na boca, meticulosamente cavucou por trás de
tudo que poderia ser movido, encontrando cada mínima evidência do
DNA estranho, entre cabelos, unhas, cílios, prendedores de cabelo,
uma escova de dentes e camisinhas usadas, jogando-as em uma sacola de
papel em que ela havia trazido pão para o café da manhã ainda
ontem (já havia acabado; ela nunca trazia suficiente). Quando se deu
por satisfeito, atirou o saco pela janela.</span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm;"><span style="font-style: normal;">Depois,
ainda mais cuidadosamente, abriu todos os armários, gavetas,
porta-joias e potes, tirando de cada um todos os possíveis restos
mortais que ela tivesse esquecido – que não eram muitos, somente
os importantes (</span><i>nenhuma ponta solta).</i><span style="font-style: normal;">
Estes, você delicadamente guardou num baú que havia ganhado de
presente da avó dela, ainda com o leve perfume de água de rosas que
borrifara nele. Fechou-o com a chave (ainda bem que conseguiu lembrar
onde estava), acendeu uma vela em cima e deixou-a queimar.</span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm;"><span style="font-style: normal;">Por
fim, com o que restava de suas energias, pegou o jarro (ainda ereto
em cima da mesa de cabeceira com o mesmo desprezo azul) e nele
guardou a chave extra (pelo menos isso ela havia tido a decência de
deixar para trás). Entrou no carro segurando-o com mãos trêmulas,
e dirigiu até o endereço que ela havia visitado um dia queixando-se
de dor de dente. Parou na frente da casa, respirou fundo uma, duas,
três vezes e atirou o jarro na porta. </span>
</p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm;"><span style="font-style: normal;">Entrou
no carro e rapidamente fez a curva para se esconder na esquina onde
ainda poderia ver tudo. Dito e feito, alguns segundos depois ela
abriu a porta da casa, com a camisola que você havia lhe presenteado
de aniversário, gritando algo que você não conseguia ouvir para
alguém que você não conseguia ver. Olhou os cacos azuis e se
ajoelhou frente a eles, procurando até finalmente encontrar a chave.
Com uma gargalhada, segurou-a em frente ao peito e voltou a entrar.</span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm;"><span style="font-style: normal;">Seu
coração, rugindo em seu peito, não poderia doer mais. </span>
</p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm;"><span style="font-style: normal;">Ela
aceitara o pedido de casamento.</span></p><br /><p></p>lumierehttp://www.blogger.com/profile/05558623724200691727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-855037795937680295.post-11652878725711445742020-06-15T21:16:00.004-02:002020-10-09T00:10:46.162-02:00bookends<span style="font-size: 12pt;">um dia eu acordei e o mundo tinha acabado.</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR;">(não que eu tivesse percebido; ninguém nunca percebe
até se deitar à noite e a ficha cair de que morreu na noite anterior.)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR;">me levanto da cama e olho ao meu redor para ver uma
casa em ruínas. paredes dilapidadas, escombros e destroços por todos os lados, e
algumas coisas ainda em chamas. o ar tem gosto de cinzas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR;">me pergunto pra onde tudo que eu lembrava teria ido,
mas não me incomodo em procurar por nada (algo me dizia que no dia seguinte
tudo estaria em um lugar novo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR;">abro os guarda-roupas e busco algo para me vestir, mas
nenhuma das roupas me serve mais. olhar para elas me faz sentir como um lagarto
que trocou de pele—aquela já não sou eu. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR;">me olho nos cacos de um espelho e não consigo
reconhecer meu rosto. eu era assim mesmo? rugas parecem encaixar nos meus olhos,
mas não estou velha, e sei que aquele reflexo sou eu, mas não se parece comigo.
eu ensaio um sorriso e algo é familiar, como se eu já tivesse feito isso antes.
se fiz, não me lembro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR;">há um caderno repousando nos restos de uma mesa de
cabeceira. algumas das páginas estão queimadas, quase ilegíveis, e quando leio
seus conteúdos, reconheço minha caligrafia, mas nenhuma das palavras foi escrita
por mim. continuo folheando e encontro o que procurava: minha letra, enrolada
ao redor de textos e poemas que carregam a minha face como o espelho não conseguiu.
me parece que os estou escrevendo de novo- vejo a luz que entrava pela janela e
sinto o peso da caneta na minha mão. <i><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sim,
</i>digo a mim mesma. <i>fui eu quem criou isto. </i>finalmente algo de que me
lembro.<i> </i>abraço o caderno e o levo comigo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR;">atravesso o que um dia foi o portal para o meu quarto e
investigo o mausoléu. cada centímetro daquele chão empoeirado é um instinto e
eu desvio de móveis que não estão mais ali, passo por cômodos inexistentes e chamo
por vozes que há muito não respondem. cada segundo de silêncio é estranhamente
inesperado – eu poderia jurar que havia mais alguém aqui. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR;">espio através de uma janela destruída e vejo as casas
ao redor. todas elas parecem perfeitamente normais, mas ninguém olha na minha direção,
como se meu lar em escombros não fosse algo novo ou digno de atenção. isso
também não me é estranho. me esgueiro para fora, a luz do sol forte demais em
meus olhos, e vejo o mundo como se nunca o tivesse visto antes: cada detalhe me
deixa perplexa, mas eu sei que já vi cada uma daquelas coisas antes. tudo é
familiar e novo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR;">sei como funciona essa vida; ela me vem através de
memórias musculares, mas eu nunca fiz nenhuma dessas coisas antes. falo com
pessoas que não conheço e que não me conhecem, e todos fingimos que conhecemos
uns aos outros, mas só o que temos são memórias em comum. mas eu reaprendo como
as coisas funcionam, e faço a vida pertencer a mim. passo a conhecer aquelas
pessoas, e agora temos memórias que são de fato nossas. faço promessas que não
sei se serei capaz de cumprir, mas que também prometo tentar. me encaixo no meu
corpo, e quando me olho no espelho, reconheço a mim mesma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR;">chego em casa no fim do dia, e tudo voltou ao normal. as
paredes estão reconstruídas, e os móveis foram repintados e colocados onde eu
gostaria que estivessem. no meu quarto, tudo está limpo e o ar tem gosto do
café que tomei com meus novos velhos melhores amigos. as roupas foram colocadas
ali por mim, e cabem perfeitamente. sento-me na cama e pego novamente o caderno.
tenho certeza de que vou lembrar para sempre do que escrevo (não aprendi
ainda). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR;">precisei morrer para que finalmente as coisas fossem
como devem ser</span></i><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR;">, penso. quando me deito, não demoro a pegar no
sono.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR;">não percebo que morri durante a noite. e quando
acordo, o mundo acabou.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />
(inspirado por <a href="https://medium.com/@KukukayaLab/comece-sempre-pelo-final-bf1223eb88e1?source=userActivityShare-c12337f41ee3-1592253623">isso aqui</a>)lumierehttp://www.blogger.com/profile/05558623724200691727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-855037795937680295.post-57346438311266000662019-03-29T19:50:00.002-02:002019-05-01T23:21:09.772-02:00rain me might be my favorite me(this post was going to be called "winter me might be my favorite me", but today proved that the rain does not care about seasons.)<br />
rain me is kind. or at least kinder than i am when the sun is out - which isn't very hard if i'm being honest.<br />
rain me is quieter, too - and that is something i've always wanted to be. every time i open my mouth i feel like my voice is too bright.<br />
rain me is small - she lets the world sweep over her and the sound of the rain envelop her and all she needs is a tight place to be happy - or at least okay. i love that about her - i hate it when i don't fit (either literally or metaphorically).<br />
rain me gets shit done, funnily enough. give her something sweet to eat and something warm to wear, and she will listen to the rain and solve all the problems of the world. at least the ones in her head. at least the ones that give her anxiety at night.<br />
rain me is the me i wish i was all the time. she speaks softly and she walks softly and she understands and she forgives and she does not cut others. she is not sharp. she needs not to be. the rain forgives her in ways the sun does not know how to. and so she becomes me.<br />
me with a sharp tongue that is trying to learn how to sing but that still casts curses onto those who haven't done anything wrong yet. me with a need to pretend that nothing worries me so there is nothing to do. me with a self-loathing that burns the throat when i notice that i'm lying to myself for the tenth time in thirty minutes.<br />
me who is never enough for me.<br />
that is, i believe, the only flaw i can find in rain me: she hates the sun me too.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-855037795937680295.post-31540664210701029982019-01-18T02:50:00.001-02:002019-03-29T19:36:30.597-02:00<div dir="ltr">
it breaks my heart that I don't know how to save you.<br />
you were the person that taught me love was not an obligation, it was something you chose, and when you choose it right, it <u>feels</u> amazing.<br />
it breaks my heart to see you cry and not be able to wipe your tears. <br />
you were the one who first saw mine and told me I'd be okay.<br />
it breaks my heart to see you so terrified and not know how to fight your monsters. <br />
I love you. but I don't know how to help you, and that kills me.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-855037795937680295.post-37006733356042506612018-12-23T19:44:00.001-02:002019-05-01T23:22:47.712-02:00how to make a wish<div dir="ltr">
1. be sure of what you want. the old forces do not have the patience to deal with regrets.<br />
2. be aware and beware of the consequences. magic is not inconsequential, and what you receive you must give back.<br />
3. a wish is a promise, and a promise to the ancients is a promise you keep.<br />
4. no takebacks. you asked for it. you will have it until your end- and sometimes, that time is longer than the time you live.<br />
5. the world can be cruel- but if you have the right amount of tears on your eyes and just enough blood on your tongue, you wish will be granted kindly.<br />
6. the world can be kind- but if you get a soft beginning, your ending will most likely hurt.<br />
7. should you wish for life, know it must be paid with life later.<br />
8. never forget that balance is all that exists, and if you decide to wish against it, the universe shall swallow you whole.<br />
9. wishing is dreaming. close your eyes and dream.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-855037795937680295.post-79942315488138346122018-12-23T03:10:00.000-02:002019-03-29T19:51:32.188-02:00Loving isn't always tragic<div dir="ltr">
i-<br />
"I don't love her!", you scream fiercely<br />
Hanging from the veins around your heart.<br />
Child, you are not fooling anyone<br />
You and I know that goddesses are what drives you insane<br />
Silent prayers and getting high on silent answers (which are no answer at all, mind you) and unrequited devotion.<br />
You want her desperately. You want her hopelessly.<br />
ii-<br />
But you are used to being ignored by those you put on pedestals.<br />
To this goddess, you barely pray. But whenever you do...<br />
...she answers. Gods, does she answer.<br />
You refuse to believe. You refuse to see you finally have a deity at your feet.<br />
She is there, though.<br />
Somehow, she never leaves.<br />
iii-<br />
You've found out what it means to be in love.<br />
And you're terrified to see the end of it, so you take it all.<br />
And you sink and sink and sink and<br />
drown<br />
And - good gods - you find out how it feels to have a goddess between your hips.<br />
And you find out the taste of a goddess' lips.<br />
It is more addictive than the lack of answers.<br />
iv-<br />
People addicted to drugs go to rehab.<br />
People addicted to people go away.<br />
You promise to come back.<br />
Someday.<br />
v-<br />
Her lips taste the same.<br />
She says yours do too.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-855037795937680295.post-82537175643376742642018-08-23T23:27:00.001-02:002018-08-23T23:27:34.245-02:00I walk out and the sky is clear for the first time in years.<br />
It feels slightly wrong, but I allow myself to enjoy the sun.<br />
I can finally see colors, and they are almost overwhelming for my once blind eyes. I'm in love with them.<br />
I hear whispers and singing voices and a soft hum coming with the wind. I welcome the wind.<br />
It's like the world is telling me everything that I missed when I was trapped in my cave.<br />
"This is a flower", it says. "It blooms every spring, and it is beautiful."<br />
I look at the flower. It is gorgeous, and I wish I could comprehend why.<br />
"It is beautiful now. But it will wither, and the petals will fall.", I mumble. I remember looking at myself in the bathroom mirror and seeing my eyes wither.<br />
"Yes, it will", the clouds hum. "But it will grow again next spring. It will not be the same, of course. They are never the same. But you will love it nonetheless."<br />
I desperately hope so.<br />
The world tells me about hundreds of different things. "This are birds," it says. "They trust the wind to help them get where they need to go, because they know they don't have to use all their strength. They can trust the wind."<br />
"But what if the day is hot and dry?" I ask, remembering myself holding a hand that let me fall. "How will they get home?"<br />
"Then," the trees answer, "they will fly themselves home until they can trust the wind again."<br />
I start to believe it.<br />
The world tells me about rainbows and rain and bumblebees and apples and about all the reasons why I'm not broken.<br />
The world tells me it's not my fault. The world tells me it loves me nonetheless, and the world tells me I can trust it.<br />
The world tells me I exist.<br />
Everything exists, and for the first time in years, I'm glad it is so.<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-855037795937680295.post-25896258984244903292018-06-28T23:14:00.001-02:002018-06-28T23:14:21.494-02:00Eu fiz uma coisinha<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/vSRz3HV07to" width="480"></iframe>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-855037795937680295.post-6971117822377517092017-07-29T22:29:00.001-02:002020-06-15T21:18:59.219-02:00<div dir="ltr">
Eu assisti a outra catástrofe no jornal.<br />
Eu ouvi falar de roubo e assassinato e mentiras.<br />
Eu aprendi sobre guerras e conflitos e ódio. <br />
Falaram de revolução. <br />
Falaram de extermínio. <br />
Falaram e falaram e falaram e, uau, ninguém saiu culpado.<br />
E mudança também não houve nenhuma. <br />
E eu percebi (com um pouco de ajuda) que a culpa era minha.<br />
E dos meus pais.<br />
E dos meu irmãos. <br />
E dos meus melhores amigos.<br />
Caraca.<br />
É culpa minha.<br />
Já parou pra pensar nisso?<br />
Calma. Muita calma nessa hora (mas não 100% de calma, note-se.)<br />
Nós somos quase oito bilhões de pessoas nesse planeta, cada uma assombrada pelo seu inferno pessoal - talvez um passado que não se foi, um futuro que não chegou, ou (o pior deles) um presente que se recusa a partir.<br />
E além de nós mesmos, há problemas ainda maiores que ameaçam nos engolfar e nos fazem pensar "é isso, é o fim. Não há mais pelo que lutar."<br />
E esse, meus caros, é o assunto desse poema/crônica/insira gênero textual aqui.<br />
O mundo como nós o conhecemos está acabando - como já aconteceu incontáveis vezes. E um mundo novo está surgindo - como já aconteceu milhares de vezes. E nós estamos confusos - como sempre estivemos.<br />
Estamos preocupados.<br />
Estamos com medo.<br />
Estamos com raiva.<br />
Estamos gritando desesperadamente às nossas divindades, implorando por uma luz.<br />
Espera.<br />
Repete isso.<br />
"Implorando por uma luz."<br />
É quase como se - pasmem - não pudéssemos produzi-la sozinhas.<br />
Uma vez eu ouvi um homem dizer que "as pessoas têm medo do seu próprio poder."<br />
Os Vingadores não existem - tristeza das tristezas - mas nós ainda temos nossos pequenos superpoderes, e nenhum deles é menos digno que os de um super-heroi. <br />
Por exemplo: acho que ninguém percebe como os outros se sentem bem quando alguém lembra um detalhe anteriormente mencionado. <br />
Você pode lembrar que eu escrevi um post sobre padrões (eu tava revoltada nesse dia, desculpa qualquer coisa) ou que eu tenho um blog estranho, e eu vou te achar legal.<br />
Mas se você lembrar que minha cor preferida é cinza ou que eu amo o som da nota ré, eu posso me apaixonar por você (brincadeira - mas eu vou ficar bem feliz).<br />
Porque um dos melhores sentimentos do mundo é saber que você foi ouvido. Saber que por alguns minutos você foi o foco da atenção de alguém, e que esse alguém se importou o suficiente pra lembrar (experimenta isso algum dia - lembre ou seja lembrado, a sensação é incrível).<br />
Outro exemplo: elogie. E não quero dizer do tipo "você tem olhos lindos." Elogios na vera, tipo "adorei o estilo das suas unhas" ou "seu cabelo é incrível" ou "foi você que fez esse desenho? Impressionante!"<br />
Porque - de novo - é muito bom se sentir notado. É ótimo colocar esforço em algo que importa pra você e perceber que mais alguém achou tão legal quanto você acha. "An act of kindness is what you showed to me and it caught me by surprise in this town of glass and ice", diria Bastille.<br />
(Vale lembrar que essas dicas são pra todos. Seja você garoto, garota, ambos ou nenhum, você merece amar e ser amado, e deve acreditar piamente nisso.)<br />
E, last but not least, o último e talvez mais poderoso exemplo: você já sorriu hoje? Parece estranho, talvez, mas quero acreditar que alguém leu isso e arregalou os olhos, percebendo que não. <br />
Caso a resposta seja não, desmanche a carranca. Pense em algo ou alguém (ou num meme, sei lá) e sorria. Ou só force o sorriso mesmo - cientificamente comprovado: um sorriso falso pode realmente melhorar o seu humor.<br />
Pronto.<br />
Melhor?<br />
Agora vá para a frente do espelho. Eu sei que deve ter um por perto - a câmera frontal do celularou o banheiro do consultório médico. Olha no fundo dos seus olhos, lá no fundo. Agora sorria pra si mesmo. Senja seu sorriso bonito, feio, banguela, torto, sexy ou esquisito. Sorria, sorria, sorria até suas bochechas doerem. Sorria enquanto chora, ou ria de si mesmo (eu faço isso bastante). Mas continue sorrindo.<br />
E da próxima vez...<br />
Sorria pra outra pessoa.<br />
Conhecido ou estranho, não faz diferença. Afinal, um sorriso é uma coisa tão bonita. Dá paz. Todo mundo merece sentir paz. <br />
Eu assisti a outra catástrofe no jornal.<br />
Eu ouvi falar de noubo e assassinato e mentiras.<br />
Eu aprendi sobre guerras e conflitos e ódio.<br />
Mas eu tentei - e vou continuar tentando - ter esperança para nós e por nós. <br />
Afinal, nós somos super-herois, só que sem capas (Edna approves). Nós podemos salvar vidas e podemos mudar o mundo.<br />
Isso não é incrível? <br />
(E pensar que eu ia escrever um elegia.)<br />
{Até a próxima vez que eu lembrar desse blog, eu acho.<br />
Bye bye~}<br />
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-855037795937680295.post-18287315882128555802017-02-23T21:24:00.001-02:002017-02-23T21:24:21.306-02:00Um post de verdade seria interessante, eu acho. Não vai ser dessa vez, though.Olá, olá, amiguinhos!<br />
Eu gostaria de começar pedindo perdão adiantado por todas as piadas ruins, referências obscuras e, bem, é isso aí mesmo.<br />
Meu nome é Lyssa e eu sempre tive vontade de escrever. Mas, claro, algo que as pessoas lessem. O que se torna levemente difícil quando você não mostra nada do que escreve a ninguém. Mas então, inspirada pelo meu queridíssimo amigo Tony, que recentemente começou um blog (deem <a href="https://merdadehoje.com/" target="_blank">uma olhada no blog dele</a> - mesmo que pareça uma porcaria, é bem engraçado) (já começamos as divulgações no primeiro post de verdade, gr8), eu resolvi tirar a poeira daqui e fazer uma das melhores coisas que eu faço: escrever. Até porque o resto... bem, vamos não falar sobre isso.<br />
Esse blog terá uma variedade de posts, de poemas que eu escrevi a longas reclamações sobre considerarem Heitor um vilão na Ilíada (ele não era um vilão. Ele era um soldado e estava protegendo sua pátria e seu povo. Fight me.) além de várias outras coisas aleatórias.<br />
Eu espero - <i>espero</i> - postar com frequência. NÃO ESTOU FAZENDO PROMESSAS, QUE ISSO FIQUE CLARO. Até porque, honestamente, quem vai ler isso mesmo?<br />
Se você leu até aqui, ganha meu selo de aprovação, além de um biscoito virtual.<br />
Mas sério, obrigada por ler até aqui. Eu não tenha mais nada pra dizer, então até o próximo post.<br />
Bye bye~<br />
<br />
<span id="goog_901678585"></span><span id="goog_901678586"></span><br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0